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Casamento

 

CASAMENTO NA UMBANDA

O casamento é uma instituição antiga, nascida dos costumes, incentivada pelo sentimento moral e religioso e na atualidade completamente incorporada ao direito pátrio. O casamento para a Umbanda, não consiste apenas no ato formal, cerimonioso e público, mas também na vontade e aceitação da união, de forma exclusiva e dedicada, com amor, participação e respeito, recíprocos. A Umbanda vê o casamento como indissolúvel, pois  os noivos assumem perante o plano astral superior um compromisso de fidelidade e essa cerimônia fica gravada no Plano Astral Superior.

 

CONSIDERAÇÕES LEGAIS RELATIVAS AO CASAMENTO

A lei considera o casamento somente como um contrato civil, e que o mesmo só á valido legalmente a partir do momento em que for realizado por um juiz de direito. Porém tanto a Umbanda como o Espiritismo e Catolicismo e outras religiões, o consideram, como ato sublime e abençoado por Deus. Quanto à legalidade material da cerimônia se torna relativa a partir do momento que a mesma fica registrada perante testemunhas em um livro dentro da Fraternidade, isso significa que os noivos assumem uma união estável, sendo que o mesmo tem que serem legalmente solteiros e de sexo oposto, e a partir da data da cerimônia assumem o compromisso do matrimônio e os mesmos recebem da Fraternidade um documento onde existe a comprovação desse ato religioso. Quanto a legalidade material do mesmo está sendo questionada juridicamente, pois nos primórdios os pais dos noivos efetuavam essa cerimônia e a mesma era considerada como ato  legítimo e os mesmos não eram juízes de direito. Bigamia é crime, porém bem o sabemos que a concubina tem direitos legais. Portanto as leis dos homens são falhas, mas as de Deus são divinas e corretas.

O QUE É UTILIZADO NO RITUAL:

– 02 coroas de flores

– pão

– vinho

– 02 alianças

– 02 guias

 

DEPOIMENTO DE UMA NOIVA: 

O meu casamento foi o primeiro casamento realizado na nova sede do Terreiro Casa do Zé, a cerimonia foi realizada pelo Pai Junior de Yemanjá, com as bênçãos dos caboclos, pretos velhos, erês e baianos, dos padrinhos espirituais Cabocla Raio de Sol e Caboclo Araribóia, além do chefe de nosso terreiro Caboclo Sete Mares e do padrinho da casa Zé Pilintra.

Sei que cada casamento tem sua particularidade, neste caso meu Pai de Santo falou sobre a nossa cumplicidade, da união dos espíritos, sobre o respeito, sinceridade, tolerância, que deverão durar por toda a vida para que a relação seja firme, feliz e duradoura, e que impere sempre o verdadeiro amor.

A presença e participação de praticamente de todos os filhos da casa na realização do meu casamento, a energia e emoção depositada por todos, contaminou os presentes, além dos convidados que nunca haviam entrado em um Terreiro de Umbanda (que era o caso dos meus pais e irmão de sangue) foi muito especial, e assim continuou em uma noite mágica e feliz, onde me vi junto a uma verdadeira família, unida e feliz com um mesmo propósito, demonstrando que todos os umbandistas ali presentes emanaram energia e muita luz, para que eu e meu marido levássemos conosco além do axé dos Orixás, os ensinamentos e orientações da Umbanda, certos de que sempre poderemos contar  com eles, sem obrigações ou interesses.

A cerimonia foi feita com muita música, muita alegria… foi feito um ponto cantado para casamento que foi uma surpresa, pois eu não sabia:

“Oxalá abençoou, Yemanjá permitiu. Que o amor fosse maior e a união existiu…”

Segue abaixo partes do discurso elaborado pelo Pai Junior de Yemanjá para a cerimonia:

“Que o vosso amor seja puro como o ouro que estas alianças contém, e que seja infinito como o circulo que elas representam.”

“Meu bom e amado mestre Jesus, criador e conservador de todo o gênero humano, doador de toda a graça espiritual e autor da vida eterna, derrama a tua benção sobre seus servos, que abençoamos em teu nome, a fim de que possam cumprir fielmente e guardar constantes os votos e promessas que acabam de fazer um ao outro e permanecendo em perfeito amor e paz, vivam sempre segundo os teus santos mandamentos, mediante Oxalá, nosso senhor.”

 

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